tenha um bom dia

O que acontece quando células cerebrais de humanos cultivadas em laboratório são transplantadas para cérebros de ratos em desenvolvimento? De acordo com um estudo da Nature publicado em 12 de outubro, eles se fundem para funcionar muito bem, o suficiente para desenvolver tipos de células maduras capazes de se integrar aos circuitos cerebrais do hospedeiro.


Pesquisadores da Universidade de Stanford transplantaram organoides cerebrais corticais humanos – estruturas semelhantes ao cérebro derivadas de células-tronco – no córtex somatossensorial primário de ratos recém-nascidos. Eles descobriram que as células desenvolveram tipos de células mais maduras quando transplantadas em ratos do que quando alojadas em uma placa, integrando-se anatomicamente e funcionalmente no cérebro de roedores. Essas conexões do transplante também formaram conexões neuronais mais profundas que podem impulsionar respostas comportamentais regulando as atividades neuronais nos cérebros dos ratos. Os pesquisadores também criaram organoides de pessoas com síndrome de Timothy – uma condição genética rara em humanos que afeta principalmente o coração, o cérebro e outros sistemas do corpo – para explorar o desenvolvimento celular. Em uma placa, esses organoides cerebrais se desenvolveram de forma semelhante a outros organoides não ligados à síndrome. Mas quando os pesquisadores os transplantaram em ratos, as células não cresceram tanto e os neurônios não se comunicaram da mesma maneira que os organoides não derivados da síndrome. Os transplantes de organoides não causaram problemas como convulsões ou déficits de memória em ratos, nem alteraram significativamente o comportamento dos animais. Visão Geral: Cérebros de modelos híbridos de ratos e humanos permitem que pesquisadores estudem distúrbios neurológicos e desenvolvam terapias pré-clínicas para pessoas. Mas integrar organoides humanos em animais levanta questões éticas. Os organoides só podem se desenvolver até certo ponto e viver por tanto tempo por conta própria. Em abril de 2021, as Academias Nacionais de Ciências, Engenharia e Medicina dos EUA divulgaram um relatório afirmando que é extremamente improvável que os organoides do cérebro humano possuam consciência ou consciência. E estudos anteriores transplantaram estruturas cerebrais derivadas de células-tronco humanas em cérebros de roedores. Mas este estudo mais recente, e outros semelhantes, fornecem aos organoides um sistema que permite que eles cresçam e se integrem efetivamente em um todo maior. O estudo fornece mais nuances para estudar o desenvolvimento de organoides cerebrais e discutir a ética em torno de técnicas básicas de pesquisa para distúrbios neurológicos e psiquiátricos. Fonte: Human brain cells implanted in rats prompt excitement — and concern (nature.com)
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 Eu adoro "chick lit", quando li meu primeiro livro desse gênero fiquei apaixonada, e saía procurando outros iguais, pois sabia que seria uma leitura agradável. 



Literatura de mulherzinha?

"Chick lit é um gênero de ficção dentro da ficção feminina, que aborda as questões das mulheres modernas. Chick-Lits são romances leves, divertidos e charmosos, que são o retrato da mulher moderna, independente, culta e audaciosa.

 Apesar de algumas vezes que inclui elementos românticos, a literatura feminina (incluindo chick lit) geralmente não é considerada uma subcategoria direta do gênero romance, porque, no Chick lit a relação da heroína com sua família ou amigos pode ser tão importante quanto a seus relacionamentos românticos.

A principal característica do Chick lit é a protagonista: que é do sexo feminino. Ela está, muitas vezes, tentando vencer (profissional e romanticamente) no mundo moderno. A idade dos personagens principais não importa, podem ser garotas do ensino médio até cinquentonas, suas histórias normalmente são bem humoradas e relatam o dia a dia da mulher moderna, sua rotina tripla, seus problemas amorosos, de peso, no trabalho, no namoro, no casamento, no divorcio".


Selecionei quatro livros considerados "Chick lits" que li recentemente para apresentar pra vocês, espero que gostem e vamos à eles: 


"Fiquei com o seu número" - Sophie Kinsella


"A jovem Poppy Wyatt está prestes a se casar com o homem perfeito e não podia estar mais feliz... Até que, numa bela tarde, ela não só perde o anel de noivado (que está na família do noivo há três gerações) como também seu celular. Mas ela acaba encontrando um telefone perdido no hotel em que está hospedada. Perfeito! Agora os funcionários podem ligar para ela quando encontrarem seu anel. 

Quem não gosta nada da história é o dono do celular, o executivo Sam Roxton, que não suporta a ideia de ter alguém bisbilhotando suas mensagens e sua vida pessoal. Mas, depois de alguns torpedos, Poppy e Sam acabam ficando cada vez mais próximos e ela percebe que a maior surpresa da sua vida ainda está por vir."


Eu já ando meio enjoada da estrutura que a Sophie Kinsella usa nos livros, é sempre a mesma coisa, você meio que já sabe o que vai acontecer, fica aquela sensação de mais do mesmo.

Tenho que dizer que no caso do "Fiquei com o seu número" isso também acontece, mas de uma maneira que não chega a incomodar, não sei se é porque estava já há um tempo sem ler um livro dela, ou porque o livro realmente é bom.

Como sempre, existe um problema que a personagem principal fica protelando, um triângulo amoroso, um "galã" que acha a personagem maluquinha uma gracinha... Devo confessar que por vezes ouvia a voz da Becky Bloom enquanto lia a fala da personagem principal.

Acho que foi por isso que gostei do livro, ele me fez sentir como se eu estivesse lendo o primeiro livro da "saga Shoppaholic", ele não é cansativo como os outros, a história flui, as coisas se resolvem antes do final, e acima de tudo ele passa uma mensagem legal.

Aprendi com essa história que nem sempre o que achamos que uma pessoa pensa sobre nós é a realidade, e que precisamos aprender a dizer como nos sentimos, sem medo do que os outros vão pensar de nós.

Acredito que quando você não aprende nada com a leitura de um livro, por pior que ele seja, não foi uma boa experiência. Não é esse caso, aprendi e gostei muito de passar um tempo mergulhado nesse universo novamente.


"A última carta de amor" - Jojo Moyes


Ao acordar de um acidente de carro, em 1960, Jennifer Stirling não se lembra de nada. De volta à sua casa, ela tenta sem sucesso relembrar a sua vida antiga, ela sente que algo está faltando. Descobre então uma série de cartas de amor, e descobre que não só estava vivendo um romance fora do casamento como perecia disposta a deixar tudo pelo amante. 
Quatro décadas depois, a jornalista Ellie Haworth encontra uma dessas cartas, e decide descobrir o que aconteceu com esse romance, ao mesmo tempo em que lida com sua própria vida amorosa não menos conturbada.

"Começara a calcular o abismo entre o que ela fora, uma criatura otimista, adorada, talvez até mimada, e a mulher que ela agora habitava."

A Leitura

Eu li esse livro sem muita pressa, não é daqueles livros que não consigo largar. Como sempre acontece comigo em leituras da Jojo Moyes, eu demoro pra começar a gostar do livro. Nesse caso eu até gostei do começo da história, logo de cara me identifiquei com a personagem da Ellie, a jornalista, e queria saber mais sobre ela, acompanhar sua história. 
Quando o livro muda de época a leitura já ficou mais desinteressante pra mim, mas mesmo assim continuei até ser fisgada pela boa história que a autora conta nessa obra. 
Conforme fazia a leitura fui identificando alguns motivos que me fez gostar do livro e outros que tornaram a leitura mais desafiadora, mas não tirou em momento algum o prazer de ler A Última carta.

" - Aprendi uma coisa há muito tempo: o se é um jogo muito perigoso mesmo."

1- Psicologia dos personagens

É impressionante como a Jojo consegue construir os personagens de uma forma que você consegue entender exatamente como eles são, como pensam, que atitudes você esperaria deles. Cada pensamento que ela apresenta, cada ação de todos os personagens são compreensíveis, você entende de onde está vindo aquilo, porque ele é assim. Isso me chamou muito a atenção durante toda a leitura.

2- Personagens cativantes

Como disse no começo do post, eu gostei da Ellie logo de cara. Os personagens são cativantes, você gosta deles, torce por eles. Mesmo aqueles que não estão ao lado dos bonzinhos, acabam recebendo sua compaixão e em algum momento você vai se ver torcendo por eles.

3- Ironia

As falas, os diálogos, são muito bem construídos e mesmo se tratando de um livro muito romântico a ironia usada pelos personagens fazem o livro ficar engraçado e interessante, você meio que se derrete com o charme das palavras e sente um calorzinho no coração com as ironias salpicadas aqui e ali.

4- Bem montado

O livro é muito bem montado, e isso faz com que sejamos constantemente surpreendidos pela autora. Como a história se passa em duas épocas diferentes se não houvesse uma boa montagem das "cenas" não entenderíamos bem o enredo da obra. No entanto, nesse livro tudo se encaixa e a sensação é de que tudo faz sentido.



"Tasha Harris, Abre o Jogo" - Jane Green


"Tasha, é o modelo perfeito da nova mulher moderna, que vai à luta, tem vida social intensa sem, jamais, perder o glamour. Tasha tem 30 anos, é solteira e trabalha como produtora de televisão e, apesar de não aceitar perder seu status de mulher independente e profissional, ela não consegue abandonar o sonho romântico de encontrar seu príncipe. Mas o problema é que às vezes o feitiço acaba virando contra o feiticeiro e o príncipe acaba se transformando num sapo. No entanto, é necessário mais do que um encanto quebrado para tirar o senso de humor e a pose moderna de Tasha."



Gostoso de ler

A leitura dessa obra é fácil e fluida, parece até que a narradora está conversando com a gente em uma mesa de bar. É como se fossemos parte da "irmandade" dela. O jeito dela contar a história é como uma conversa de amigas, com sinceridade, com palavrões, sem papas na língua. A leitura nos agrada porque sentimos que ela faz parte das nossas vidas, como se fosse mesmo uma de nossas colegas de trabalho ou até uma amiga íntima.

"... o problema com a irmandade é que ainda nutrimos esperança. Fingimos que somos felizes com nossas vidas e quando vemos um casal se beijando enfiamos um dedo na garganta como se fossemos vomitar, mas sonhamos com o amor."

Como na realidade

O livro fala da realidade dos relacionamentos, não só entre homens e mulheres, mas entre os amigos. Como nos sentimos em relação à eles, nada de somente sentimentos puros, mas o que realmente pensamos e como agimos na vida real. Ela consegue retratar bem como é a amizade entra as mulheres, as conversas, o que é dito e o que não é, assim como os sentimentos por trás de cada atitude em um grupo de mulheres.

"Vou devagar porque não é a primeira vez que isso acontece e nas outras vezes eu o xinguei de todos os nomes sob o sol, e três semanas depois, eles fizeram as pazes, gloriosamente infelizes como só eles sabem ser"

As feministas piram

O livro com certeza tenta passar uma mensagem de auto valorização da mulher, mas antes disso ele te deixa com muita raiva, mas acredito que isso seja uma forma de crítica da autora. E sua intenção é mexer com você, fazer você odiar as personagens às vezes, mas será que se você olhar para sua própria vida, não estará cometendo os mesmos erros? 

"- Obrigado, Tasha. E tenho que dizer que você também está maravilhosamente comível."


Vê melhor quem vê de fora

Essas amigas passam por várias coisas que todas as mulheres enfrentam em seus cotidianos, a procura pelo amor, a falta de auto estima confundida com liberdade sexual, os relacionamentos abusivos. Dá um certo desespero ver por tudo o que elas estão passando sem conseguir enxergar, mas é aí que o livro nos ensina a olhar para nós mesmas, a pensar e refletir sobre nossos relacionamentos. 

"Ele me disse que eu tinha engordado, que eu parecia uma matrona, uma solteirona feia. Disse que só estava comigo por hábito, por sorte minha, porque se não estivesse, eu nunca encontraria outro homem."

Sex and the city

Se você gostava de assistir à série Sex and the city, vai gostar desse livro. Parece muito com o seriado o fato de termos quatro amigas, cada uma com suas aventuras amorosas, conversando abertamente sobre sexo, homens, a vida de solteira, a procura pelo verdadeiro amor. 

"Ninguém no trabalho entendeu por que, de repente, eu estava tão feliz, mas é claro que você sabe, não sabe? Eu achei que tinha me deparado com o amor outra vez." 


"Quem sabe um dia" - Lauren Graham





"Franny Banks deu a si mesma três anos para conseguir se estabelecer como atriz. E agora está faltando apenas seis meses para o fim do prazo mas ela não conseguiu grandes avanços. Todas as suas fichas estão depositadas em uma mostra dos alunos do curso de teatro do qual faz parte com diversos agentes presentes. Assim, resta a Franny lutar contra a conta bancária, o cabelo indomável, o tempo e a própria sorte para conseguir aquilo que acredita ser seu por direito." 

Quando comecei a ler fiquei com um certo medo, de me decepcionar com esse ser humano que eu adoro, e que agora estava se arriscando no mundo da literatura. Ou seja, eu comecei a ler querendo gostar.

Devo admitir que querer não é poder, confesso que no começo o livro não me prendeu muito. Estava achando a narrativa meio estranha, parecia que a tradução não estava muito legal, mas com o tempo fui me acostumando.

Sim, a atriz sabe escrever e existe uma boa história no livro. Acho que ela conseguiu passar bem o que a vida de uma aspirante a atriz, a espera, a incerteza, insegurança de um trabalho desse tipo.

Vi comentários em que pessoas acharam que a protagonista era um pouco insegura, eu acho que não é bem assim, pelo contrário, para alguém que vive uma vida tão instável acho que ela até que segura bem as pontas!

Simples mas emocionante

Você acompanha o cotidiano da protagonista, e a rotina das pessoas pode não ser algo tão atrativo a ponto de se escrever um livro sobre isso. Ainda mais quando a história trata da espera, a espera por um telefonema, por uma resposta, por um trabalho, uma chance. 
No entanto, a Lauren consegue passar uma certa apreensão, uma certa tensão, pois a vida de Franny agora é meio tudo ou nada e cada acontecimento em sua carreira acaba sendo muito emocionante. 
Isso, mesmo em um livro sobre uma história simples, faz com que você queira ler "só mais um capítulo". Ela constrói muito bem o enredo, em nenhum momento você sente que tem algum buraco na trama, tudo flui, e você fica amiga dela e dos amigos dela também.

Engraçado

A Lorelai era muito engraçada, mas não vi essa personagem no livro. Com certeza Lauren usou o conhecimento sobre a vida de atriz e tudo o que os atores passam antes de ficarem famosos, mas não acho que Franny fosse a Lauren, acredito que a personagem acabou ganhando vida própria. 

Mas mesmo assim, a história tem muitos momentos engraçados que me fizeram lembrar da Lorelai. E olha que eu não sou dessas pessoas que ficam gargalhando ao ler um livro, eu sou meio britânica nessas horas e dou no máximo um sorriso. Porém, alguns trechos desse livro me fizeram rir de verdade, a ponto das pessoas perguntarem do que eu estava rindo! 

Uma dica

Se você quiser ter uma leitura mais profunda da obra eu recomendo que leia antes o conto Franny e Zooey de J.D.Salinger. Não é fundamental e nem faz muita diferença se você não ler, mas se sim terá com certeza uma outra visão da obra!

"Em ´Franny e Zooey´, J.D. Salinger apresenta um conto narrado por Buddy, membro da estranha família Glass. A obra mostra acontecimentos importantes nesta família excêntrica."
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Em um mundo onde celulares e video games sugam a atenção das crianças sem grandes dificuldades, veja algumas dicas para formar pequenos leitores


A leitura é muito importante na vida de qualquer ser humano. Mesmo com toda tecnologia que nos rodeia, ler ainda faz a diferença na formação do ser humano.

Por isso é fundamental que você incentive seu pequeno a ser um leitor. Conhecer o mundo por meio dos livros vai fazer com que ele seja uma pessoa melhor, vai saber entender e lidar melhor com as coisas da vida. Fora que ler é a maior diversão!

Ajude seu filhote a descobrir o prazer da leitura.

Lendo pra ele desde a barriga

Você pode começar a ler para sua criança desde quando ele está lá dentro da sua barriga aconchegado. Quer melhor jeitinho de ouvir uma boa história do que essa? Ele pode não entender a história, mas só de ouvir sua voz naquele mesmo enredo, vai fazer com que se sinta muito bem.

Existem crianças que até se lembram da história quando mais velhos. Não que se lembrem exatamente mas manifestam algum sentimento quando escutam a história novamente. Minha filha tem dois anos e ama um livro de esquilo que eu lia pra ela quando ela era bebê. Obviamente ela não se lembra conscientemente, mas afetivamente sim.

Livros feitos para os bebês

Para seu bebê já ir se acostumando com os livrinhos é legal os famosos livros de banho ou mesmo os específicos para bebês, já existe grande variedade desses produtos no mercado, com certeza vai dar de cara com eles em algum momento.

Esses livrinhos são bons porque a criança já vai acostumando com o formato do livro, já aprende que não pode rasgar, e que ali existem criaturas e histórias incríveis!

Leitura sempre!

Você pode sempre ler para sua criança, não importa a idade. Com o tempo você vai contando histórias mais complexas, mas o importante é que ele tenha esse momento da leitura. Se ele criar o hábito de ouvir histórias, é bem grande a probabilidade de criar o hábito de ler. Ele vai ficar tão feliz quando conseguir ler sozinho! E pode acreditar toda essa leitura vai ajudar bastante na alfabetização dele.

Ah, vale lembrar, a leitura tem que ser feita por um ser humano viu?! Não adianta colocar aqueles vídeos de história, ou aplicativos que leem para as crianças. O que vale nesse momento é a interação, é o calor humano, o carinho, tudo isso conta para incentivar seu filhote a ler.

Dê o exemplo

As crianças são seres que imitam. O ambiente influencia muito em como alguém irá se desenvolver. Quando a infância está cercada de livros e de pessoas lendo por toda parte, isso fica no inconsciente dos pequenos e será praticamente inevitável que eles copiem o hábito que testemunharam a vida inteira. Portanto, se quer que sua criança leia, comece a ler na frente dela. 

Seu pequeno leitor

Se você não fez tudo isso desde que ele era pequenininho, não tem problema nenhum, é sempre tempo de começar. E o caminho é o mesmo, para formar um pequeno leitor, comece lendo, tanto para você quanto pra ele, e depois ele mesmo vai se interessar e seguir seu caminho através das maravilhas da leitura.

Ah, visitas à bibliotecas, livrarias, feiras e bienais são essenciais. Troque aquele passeio àquela lanchonete por algumas horas na biblioteca, numa contação de histórias, ele vai adorar!


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 Eu não consigo mais ouvir essa música como eu ouvia antes, acreditando que se tratava de uma linda história de amor entre pessoas muito diferentes. Desde que descobri essas teorias não ouço mais, só analiso. Portanto, se você não quer que essa linda canção perca o encanto pra você, pare de ler agora!




A Música

Eduardo e Mônica

Quem um dia irá dizer
Que existe razão
Nas coisas feitas pelo coração?
E quem irá dizer
Que não existe razão?

Eduardo abriu os olhos, mas não quis se levantar
Ficou deitado e viu que horas eram
Enquanto Mônica tomava um conhaque
No outro canto da cidade, como eles disseram

Eduardo e Mônica um dia se encontraram sem querer
E conversaram muito mesmo pra tentar se conhecer
Um carinha do cursinho do Eduardo que disse
Tem uma festa legal, e a gente quer se divertir

Festa estranha, com gente esquisita
Eu não tô legal, não aguento mais birita
E a Mônica riu, e quis saber um pouco mais
Sobre o boyzinho que tentava impressionar
E o Eduardo, meio tonto, só pensava em ir pra casa
É quase duas, eu vou me ferrar


Eduardo e Mônica trocaram telefone
Depois telefonaram e decidiram se encontrar
O Eduardo sugeriu uma lanchonete
Mas a Mônica queria ver o filme do Godard
Se encontraram, então, no parque da cidade
A Mônica de moto e o Eduardo de camelo
O Eduardo achou estranho e melhor não comentar
Mas a menina tinha tinta no cabelo
Eduardo e Mônica eram nada parecidos
Ela era de Leão e ele tinha dezesseis
Ela fazia Medicina e falava alemão
E ele ainda nas aulinhas de inglês
Ela gostava do Bandeira e do Bauhaus
Van Gogh e dos Mutantes, de Caetano e de Rimbaud
E o Eduardo gostava de novela
E jogava futebol de botão com seu avô
Ela falava coisas sobre o Planalto Central
Também magia e meditação
E o Eduardo ainda tava no esquema
Escola, cinema, clube, televisão
E mesmo com tudo diferente, veio mesmo, de repente
Uma vontade de se ver
E os dois se encontravam todo dia
E a vontade crescia, como tinha de ser
Eduardo e Mônica fizeram natação, fotografia
Teatro, artesanato, e foram viajar
A Mônica explicava pro Eduardo
Coisas sobre o céu, a terra, a água e o ar
Ele aprendeu a beber, deixou o cabelo crescer
E decidiu trabalhar (não!)
E ela se formou no mesmo mês
Que ele passou no vestibular
E os dois comemoraram juntos
E também brigaram juntos muitas vezes depois
E todo mundo diz que ele completa ela
E vice-versa, que nem feijão com arroz
Construíram uma casa há uns dois anos atrás
Mais ou menos quando os gêmeos vieram
Batalharam grana, seguraram legal
A barra mais pesada que tiveram
Eduardo e Mônica voltaram pra Brasília
E a nossa amizade dá saudade no verão
Só que nessas férias, não vão viajar
Porque o filhinho do Eduardo tá de recuperação
E quem um dia irá dizer
Que existe razão
Nas coisas feitas pelo coração?
E quem irá dizer
Que não existe razão?

*************
As teorias

Tudo começou por causa dessa parte da música:

 "Construíram uma casa/Uns dois anos atrás/Mais ou menos quando os gêmeos vieram"

Ou seja, ele fala UNS DOIS ANOS ATRÁS e mais adiante vem: “Só que nessas férias/Não vão viajar/Porque o filhinho do Eduardo/ Tá de recuperação”. Agora, se compararmos as duas passagens e pensarmos sobre a cronologia, dizer que o filhinho do Eduardo está de recuperação significa dizer que o menino já está em uma idade que pode repetir de ano, mas se eles tiveram os gêmeos havia dois anos não tem como o menino ter mais que dois. Tem algo errado aí! 

Um filho fora do casamento

Uma das teorias é de que Eduardo teria traído Mônica e tido um filho fora do casamento. O que ficaria evidenciado na parte em que diz que eles "seguraram legal/A barra mais pesada que tiveram" que trataria do adultério do rapaz.

Também em "O filhinho do Eduardo tá de recuperação", quando Renato fala que o filho é de Eduardo e não da Mônica.

Segundo essa teoria, seria esse filho bastardo que teria ficado de recuperação.

Mônica engravidou

Outra possibilidade é que naquela "festa estranha" teria rolado algo mais entre o casal e Mônica teria ficado grávida, sendo esse o verdadeiro motivo para duas pessoas tão diferentes ficarem juntas.

Fora o fato de que Eduardo "decidiu trabalhar", provavelmente pra sustentar a criança.

Essa criança seria então o irmão mais velho dos gêmeos, que nasceriam mais tarde e aquele que teria idade para estar de recuperação na escola.

Filhinho doente

Mas pode ser também que toda a história seja assim mesmo, e a recuperação de que trata a música, seria um recuperação hospitalar, pois um dos gêmeos teria ficado doente, estava se recuperando e por isso o casal não poderia viajar.


Renato era de humanas

Por fim, existe a remota possibilidade de Renato Russo ser um cara de humanas, e no momento de escrever a letra não fez as contas e a coisa ficou como ficou! Vai saber!!!




A verdadeira história?

Eu pesquisei para saber se existia uma verdadeira história e existem alguns boatos de que o compositor teria falado em shows que Eduardo e Mônica eram, na verdade, amigos dele de Brasília e que já tinham até se separado.

Mas também existe a versão de que ele teria dito em entrevista que ele era o Eduardo e Mônica uma menina que ele namorou, que era mesmo mais velha e artista plástica ("tinta no cabelo"). 

Mas quem se importa? O fato é que a música é boa e vai continuar sendo um hino por muitos e muitos anos. Agora, que você nunca mais vai conseguir ouvir ela do mesmo jeito depois de ter lido esse post, não vai!!!

E você, tem mais alguma teoria pra essa música? Comenta aí!



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Muitas vezes temos certeza de que algo vai acontecer de certa maneira, ou que alguém tem uma opinião formada sobre nós. O que não sabemos é que nem tudo que pensamos é realidade.



Um pensamento sempre nos leva à uma ação, um comportamento. Dependendo do que se trata, isso pode nos levar à grandes vitórias ou à condições de adoecimento psíquico.

A autora, Brianna Wiest, coloca em seu livro "101 reflexões que vão mudar seu modo de pensar" algumas maneiras de não ser dominado por seus próprios pensamentos: 

Pensamentos não são realidade

"Perceba que pensamentos são ilusões poderosas. Aprenda a diferenciar o que está acontecendo daquilo que você está pensando no momento. Quando um pensamento o perturbar, pergunte-se: 'Isso é verdade? Tenho certeza absoluta de que isso é verdade?' Na maioria das vezes, a resposta será “não” para pelo menos uma das perguntas."

"Quando sua visão estiver limitada, escreva a sua narrativa em um pedaço de papel. Escreva tudo o que está pensando e depois em outra folha reescreva tudo mas dizendo o contrário do que registrou anteriormente. Não importa se acredita ou não, é só pra forçar o cérebro a ver as coisas de forma diferente. Faça uma lista de onde você mora, o que você já realizou, com quem passa o tempo, no que está trabalhando, do que se orgulha." 

Não se deixe intimidar por sua própria mente. 

"Crie soluções reais para os seus medos irreais. Mostre para si mesmo que você não vai morrer se perder o emprego ou o parceiro. Faça uma lista das coisas com que você mais se preocupa, imagine o pior resultado e, em seguida, faça um plano de como você lidaria com isso caso acontecesse."

"Pare de pensar tanto. Faça coisas com as mãos. Cozinhe, limpe, saia ao ar livre. Se você costuma perder tempo com pensamentos irracionais e vertiginosos, arranje mais coisas em que se concentrar, em que trabalhar e até pelas quais sofrer. Trate de viver em vez de só pensar em viver."

Nosso mundo está dentro de nós. A realidade nada mais é do que uma projeção do que está em nossa cabeça. Todos usamos óculos para enxergar o mundo, esses óculos são a nossa história pessoas, a nossa forma de ver a realidade. O principal é que nem sempre tudo o que pensamos é a realidade, não é porque penso em algo que aquilo está mesmo acontecendo fora de mim, na maioria das vezes não está. 

Conseguir diferenciar o que é um pensamento seu e o que é realidade concreta ajuda muito a melhorar a saúde mental. Não ser dominado por seus pensamentos é uma libertação, uma descoberta de que as coisas são muito melhores do que você imagina. 


Fonte: Brianna Wiest. 101 Reflexões que vão mudar sua forma de pensar  Editora Intrinseca.  

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 Você nunca mais vai querer parar de ler os livros dessa mulher!




Sinopse

Na obra, originalmente publicada em 2002, a escritora utiliza suas palavras cortantes e sua clareza brutal para percorrer o turbilhão emocional vivido por Olga após um casamento fracassado. Traída e se sentindo abandonada pelo marido, a personagem enfrenta conflitos internos em meio à nuvem cinzenta da desolação e da nova e inquietante realidade que se apresenta. Moradores de um apartamento em Turim, para onde Olga se mudou por conta da carreira profissional do marido, com dois filhos e um cachorro, Mario e Olga viveram ma relação de 15 anos com os altos e baixos de um casamento normal. Sem abalos que evidenciassem um término repentino, Olga ouve o discurso de seu marido anunciando que ele a deixaria naquele momento. As páginas seguintes vão desnudando cenas críticas do passado do casal, repassadas até a exaustão pela protagonista e misturadas à urgência do seu cotidiano completamente destruído. Em Dias de abandono, Ferrante escancara a dor da rejeição moldada pelos sentimentos e particularidades de uma mulher. Em um corajoso e às vezes violento mergulho existencial, Olga vai aos poucos substituindo um atormentado desejo de redenção por algo ainda desconhecido. Antes presa a um personagem construído pela sociedade e por suas próprias expectativas, ela se dá conta de que amou mais justamente quando se sentiu “enganada, humilhada e abandonada”. A raiva pela justificativa mentirosa do marido ao tê-la deixado, que antes parecia acender a urgência do amor, agora o esvazia. No espaço entre esses dois pólos distintos, sem amor, dentro do nada, resta a ela saber se novos sentidos podem tomar formas na urgência da vida.

"A respiração ficava acumulada na garganta, preparando-se para vibrar em palavras raivosas."

Sabe quando você lê um livro de um escritor pela primeira vez e simplesmente se apaixona perdidamente? Foi o que aconteceu comigo ao ler Elena Ferrante. O primeiro livro dela que li foi A Filha perdida e agora acabei de terminar Dias de Abandono. 
Gostei tanto da leitura que decidi listar seis motivos pelos quais valeu muito a pena essa incrível leitura!

1. Uma bela sessão de análise

Para quem se interessa por psicologia, esse livro pode agradar porque se parece com uma sessão de análise. A protagonista escancara sua vida e sua dor para o leitor, sem medos e sem vergonha. Assim como no outro livro que li da Ferrante, ela escreve sobre os sentimentos mais terríveis, que ninguém tem coragem de assumir que já sentiu um dia. Ela é honesta, dolorosamente sincera e sem pudores.

"Sentia-me como quem é cego e sabe ser observado por aqueles que querem espiar cada detalhe."

2. Relação com os filhos

Acredito que um dos pontos fortes da autora é falar sobre a realidade da maternidade. Ela escreve sobre a relação da mãe com as crianças com todos os mal estares tanto para os filhos como para a progenitora. Dá uma certa angústia ver como ela trata os filhos, as coisas que ela diz, e como eles a tratam também. Mas nada mais é do que parte da maternidade real, são sentimentos e comportamentos que fazem parte da vida de uma família, nem sempre todos fazem as coisas certas ou romantizadas, a realidade é bem mais dura e cruel.

3. Bukowski feminina

Em uma certa altura da leitura eu me lembrei bastante dos livros de Bukowski. A personagem, em toda sua crise existencial, começa a agir de forma bem decadente e insolente, falando palavrões e se expressando de forma chula. 
Cheguei a conclusão de que quando se trata de relacionamentos disfuncionais todos acabam bebendo um pouquinho da fonte desse autor, e quando vemos uma personagem feminina expor todo esse lado me parece até reconfortante, já que também temos o direito de enfiar o pé na jaca.

4. Ressignificando o passado

Nessa história a personagem tem muito medo de ser como uma mulher abandonada pelo marido que ela conheceu quando criança. Contudo, percebemos que foi por meio da vivência sofrida dessa vizinha que ela criou em si o significado de abandono, e apesar de refutar a possibilidade de estar na mesma situação dessa outra senhora, era exatamente assim que ela se encontrava. Já que tudo o que ela sabia sobre abandono era essa crença de profundo sofrimento.
No decorrer da história ela vai aprender a aceitar e lidar com esse significado e eventualmente tentar modificá-lo.

"Um relógio quebrado que agora, já que seu coração de metal continuava batendo, estragava o tempo de todas as coisas."

5. Closer e Martha Medeiros

Esse livro me remeteu muito à obra de Martha Medeiros, Fora de Mim, onde ela também fala sobre o fim de um relacionamento e os sentimentos em relação à separação. 
Outra memória foi do filme Closer, com  Michael Haley, Julia Roberts, Jude Law e Natalie Portman. Principalmente na parte em que o personagem fica questionando sobre como se deu a traição e todos os detalhes sexuais relacionados a ela. No livro, a personagem também faz isso, e eu fiquei me perguntando que vontade é essa de estar a par de detalhes tão dolorosos, mas que de algum jeito precisamos saber?  

"Essa era a realidade que eu estava por descobrir, por trás da aparência de tantos anos. Já não era mais eu, era outra, como temia desde que acordei, como temia desde sabe-se lá quando."

6. Talento pra deixar o leitor apreensivo

Eu sempre fico abismada com a capacidade da Elena Ferrante deixar o leitor na ponta da cadeira, lendo compulsivamente, narrando apenas fatos cotidianos. 
O ápice do livro, quando a personagem passa pelo seu pior momento, é simplesmente arrepiante. Você não consegue parar de ler, entra de verdade na confusão mental e parece que enxerga tudo pelos olhos atordoados da personagem, é como se você estivesse bêbado sem ter ingerido álcool algum, apenas bebendo a narrativa dessa autora incrível! 
Vale a pena a leitura do livro só pra viver esses momentos de tensão junto com Olga, o coração chega a disparar de verdade!

"Mas a emoção foi surpreendentemente agradável, como quando é um filme ou um livro que nos faz sofrer, não a vida."

Acho que é isso. Foi uma ótima leitura, adorei viver esses momentos dolorosos e torcer para a vitória dessa rica personagem e dessa família que, apesar de estar em carne viva nessa história, é como muitas outras. Pois a vida de cada ser humano é feita de dor e sofrimento assim como da mais pura alegria e beleza, às vezes...

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Eu já estava enjoada da autora Sophie Kinsella, mas não resisto quando vejo outro livro dela. Devo dizer que esse me proporcionou uma leitura bem agradável, surpreendeu!




"Cat Brenner tem uma vida perfeita: mora num flat em Londres, tem um emprego glamouroso e um perfil supercool no Instagram. Ah, ok... Não é bem assim... Ela mora em um quarto minúsculo, seu trabalho numa agência de publicidade é burocrático e chato, e a vida que compartilha no Instagram não reflete exatamente a realidade. E seu nome verdadeiro nem é Cat, é Katie. Mas ela acredita que seus sonhos se tornarão realidade, que ela será reconhecida pela chefe... Até que tudo começa a dar errado. Após muitas confusões, dúvidas e uma mudança radical em si mesma, Katie percebe que nada é como ela imaginava. Afinal, o que há de errado em ter uma vida (não tão) perfeita?"

Eu não sei se foi porque eu fiquei um tempo sem ler nada da autora, mas esse livro não me deu aquela impressão de mais do mesmo que estava tendo ao ler alguns livros dela. 

Ela tem uma fórmula pra escrever que sempre repete, e acaba sendo um pouco cansativo. Nesse livro ela usou algumas de suas táticas mas nada que tenha prejudicado o prazer da leitura.

As táticas da Sophie

Coisas que sempre aparecem nas história da Sophie Kinsella são: Uma heroína meio bobona e desorganizada, um cara que acha esse jeitinho da heroína lindo, uma confusão que ela apronta e que tem que esconder de todo mundo, uma vilã ou vilão que não era tão mal como a heroína imaginava, uma pequena vingança contra alguém (normalmente essa vilã), uma heroína que acredita que tem que ser outra pessoa para agradar, e finalmente, a lição de que você deve aceitar a si mesma e ser quem você realmente é.

Pois bem, nesse livro nós temos uma heroína que, apesar de não ser bobona, quer se passar alguém que ela não é, com um pequeno segredo para esconder, uma vilã que acaba não sendo tão má, uma vingança e a lição de sempre ser você mesma. No entanto, a forma como ela estrutura tudo isso nessa história não ficou chato ou cansativo, pelo contrário, a trama é muito gostosa e você lê e se diverte ao mesmo tempo, uma daquelas leituras que o povo costuma chamar de "leitura leve".

"Chorei de tanto rir. Amei" Jojo moyes

Na capa do livro temos essa declaração de outra escritora amada pelas leitoras que é a Jojo Moyes. Obviamente, isso me chamou a atenção e eu me perguntei: Será que é tão engraçado assim? E devo dizer que não, não é! 

Os livros da Sophie normalmente levam o título de comédias românticas, mas eu nunca dei muita risada com os livros dela, não. São gostosos de ler, divertidos, mas não é de morrer de rir. Mas quem sou eu pra dizer, é muito difícil um livro me fazer gargalhar!

Um livro legal

O livro é tão legal que eu li vários capítulos seguidos e nem percebi, quando vi já tinha saído do terceiro capítulo achando que ainda estava no primeiro. Você entra mesmo na história e vai virando páginas sem querer parar.

A crítica que ela faz ao universo glorioso da internet também é muito bem vinda e super verdadeira, além de chamar a atenção para a forma como julgamos a vida dos outros sem saber pelo o que realmente eles estão passando. 

Eu fiquei muito feliz em ler mais um livro da Sophie Kinsella e dessa vez sem me cansar, foi uma leitura muito agradável, como as minhas primeiras leituras dos livros da autora. 

Adorei voltar a gostar de Sophie Kinsella!
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 Quem gosta de ler adora histórias que falam do seu objeto de amor: o livro. Então nesse post decidi dividir com vocês dois livros que li e que nas histórias temos o livro como personagem. Aproveitem!



Um bestseller pra chamar de meu - Marian Keyes

O melhor livro da Marian Keyes que eu já li, mas tenho que confessar que quando comecei a ler esse livro ele não me entusiasmou muito. Porém, depois de cerca de cinquenta folhas, passei a amar o livro!



Sei quando gosto muito de um livro quando tenho vontade de ler ele em outros horários do dia, normalmente leio antes de dormir, mas quando pego o livro pra dar aquela espiadinha enquanto o arroz fica pronto, é porque eu estou amando a leitura!

Eu já gosto da Marian Keyes, a forma como ela escreve sempre me prendeu, mas ultimamente tenho traído ela com a Sophie Kinsella, então esse amor por esse livro foi uma surpresa.

Nessa obra ela conta a história de três mulheres diferentes, e de como as suas vidas estão ligadas pelo universo editorial.

Eu tenho a impressão que essa autora é o contrário de uma sopa, ela começa gelada para depois ir esquentando aos poucos. No começo não quis saber muito da história, no meio do livro me apaixonei, e no final estava fissurada.

De todos os livros da Marian que já li, acho que Melância costumava ser o meu preferido, mas agora, sinto muito, acho que o Bestseller  ocupa esse lugar.

Eu amei a personalidade de Jojo, e foi ela que me fez começar a gostar do livro, a partir do momento em que ela aparece,  está sempre presente nas outras histórias mesmo que indiretamente, então acho que a leitura vale a pena só pela presença dela. Ou seja, ela salva o livro, e na minha opinião, ela é o livro!

Não que as outras histórias não sejam interessantes, até são, você fica curiosa pra saber o que vai acontecer com as outras personagens, mas quem meio que determina o futuro delas também é Jojo... então...

Senti uma certa tristeza quando o livro terminou, pois queria continuar acompanhando a vida dessas mulheres. Mas valeu a pena esse tempo que passei com elas. E mais uma vez, palmas para a autora, pois não deve ser nada fácil contar três histórias em uma de um jeito tão legal



A Biblioteca Mágica de Bibbi Bokken - Gaarder e Hagerup

Um livro sobre livros, indicado para jovens leitores mas muito apreciado por qualquer um que goste desse universo, independente da idade ou gosto literário.


A Biblioteca Mágica de Bibbi Bokken


"Nils tem 12 anos e acaba de voltar das férias escolares de verão, passadas em companhia de sua prima Berit, na cidade de Fjærland, interior da Noruega. Para não deixar de se falar, os 2 decidem escrever um diário e remetê-lo de uma cidade a outra pelo correio. 

Já de início, porém, parece haver algo de misterioso no diário de Nils e Berit. Ao comprá-lo numa livraria, Nils conhece uma mulher estranha, alguém que ele e Berit haviam visto de passagem durante as férias. A mulher faz questão de ajudar Nils a comprar o diário - uma esquisitice que ele não deixa de contar à prima já em sua primeira "carta".

Em Fjærland, Berit se põe a segui-la. Diante da casa da mulher, Berit "furta" um pequeno envelope da caixa de correio. Dentro, encontra uma carta vinda da Itália, endereçada a uma certa Bibbi, que menciona um sebo em Roma. O estabelecimento guardaria não apenas livros raros, mas também livros ainda não escritos. E um desses livros se refere a uma certa "biblioteca mágica".

Toda essa história Berit conta a Nils em sua primeira carta. A aventura mal começou, mas o leitor já se vê mergulhado num grande mistério. 

- Quem é Bibbi e que biblioteca mágica é essa? 

É um caso para os pequenos detetives Nils e Berit investigarem a fundo - e tudo aquilo de que o leitor precisa para se divertir pelas páginas restantes. Em A Biblioteca Mágica de Bibbi Bokken, o grande herói é o livro e sua história, numa trama cheia de suspense e aventura."

Jostein Gaarder

"É um escritor, professor de filosofia e intelectual norueguês, autor de romances filosóficos, contos, e histórias. Antes de lançar sua carreira de escritor dava aulas de filosofia na Escola Secundária Pública Fana, na cidade de Bergen.
O seu trabalho mais conhecido é O Mundo de Sofia, publicado em 1991, o qual relata um romance acerca da história da filosofia, cujo enredo gira em torno de uma menina instruída e amparada por um filósofo. Este livro foi traduzido para 53 línguas, existem 40 milhões de cópias impressas, sendo que três milhões delas foram vendidas só na Alemanha. Com isso passa a ter grande renome internacional, fazendo-o, a partir de 1993, se dedicar integralmente à produção literária."

Klaus Hagerup

"É poeta, dramaturgo, encenador, escritor, diretor teatral e autor de livros premiados na Noruega. Escreveu junto com Jostein Gaarder o livro A Biblioteca Mágica de Bibbi Bokken. É filho de Inger Hagerup."


"...tudo o que leio faz o mundo ficar maior, ficando maior eu também."

Um livro sobre um livro

Bom, O Mundo de Sofia foi um dos livros que fez com que eu me tornasse uma leitora e desde então eu adoro todos os livros do Jostein Gaarder. Já li vários livros dele, e todos são encantadores, sempre com uma lição de vida, uma inspiração para adultos e crianças. 

Já não estou mais na idade em que lia as obras dele, mas quando vi esse exemplar na biblioteca não me controlei. Ainda mais por ser um livro que fala de livros e bibliotecas. 

Sim, trata-se de um livro infanto-juvenil. Mas todos sabemos que bons livros só precisam de leitores, sejam eles jovens ou adultos. Além disso, essa história é encantadora demais para deixar de ler só porque não sou mais tão jovem assim.

Mais uma vez, o autor surpreende e consegue escrever um livro dentro do livro, ou contar a história do próprio livro. De alguma forma, enquanto lemos parece que estamos também escrevendo a trama, ou acompanhando seu nascimento. Muito legal!


"Quando leio um livro de que gosto, parece que o que estou lendo faz meus pensamentos saírem voando do livro. De certa forma, o livro não é feito apenas pelas palavras ou pelas figuras que estão no papel, mas também por tudo que invento quando leio."

Assim como em Sofia

O que achei mais interessante nessa história é que ela traz de volta uma característica que foi algo revelador em O Mundo de Sofia: o fato de o personagem se perceber dentro do livro.

O autor volta a usar esse mesmo mecanismo, novamente ele consegue fazer uma reviravolta que coloca os personagens em uma reflexão de quem sou eu e onde estou. Por isso que os personagens do Jostein são tão vivos! Porque essa é a impressão que dá quando eles descobrem o que está acontecendo de verdade na história.

Nem preciso dizer que se você gostou de O Mundo de Sofia vai amar essa outra história, e se você está procurando um livro para presentear um jovem leitor, com seus treze anos, por exemplo, esse é o livro perfeito! A história é intrigante, divertida e cheia de aprendizagem. Se uma adulta gostou, as crianças vão amar!

"É incrível, fantástico, e mágico que as vinte e seis letras do alfabeto possam ser combinadas de tantas maneiras, que elas possam encher com livros estantes gigantescas, levando-nos para um mundo que nunca tem fim e nunca cessará de crescer e se expandir, enquanto na Terra existirem humanos."


E aí, ficou com vontade de ler algum desses? Se tiver algum para me recomendar eu aceito sugestões, adoro livros que falam sobre livros!

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